A não ser que opte por utilizar uma bicicleta “single speed” (mudança única), para mover e ajustar a velocidade de uma bicicleta de estrada, ou de uma bicicleta de montanha à orografia do terreno que pisará durante os seus passeios com a Bike Tours Portugal, torna-se essencial que saiba como engrenar as mudanças.

Para facilitar a sua tarefa de colocar mudanças, hoje vamos deixar as bicicletas de estrada e as e-bikes na garagem e concentrarmo-nos única e exclusivamente nas bicicletas de montanha, bicicletas ideais para passeios em trajetos que misturem monte, floresta e estrada.

Comecemos, no entanto, por lhe dar a conhecer os componentes das mudanças deste tipo de bicicleta.

Componentes das mudanças da bicicleta

Apesar das bicicletas serem meios de transporte bastante simples, estes equipamentos são constituídos por uma série de componentes.

No caso do sistema de mudanças, os mais comuns apresentam os seguintes componentes:

• Manípulos de mudanças: enquanto o manípulo direito é o responsável pela mudança de velocidades traseiras (na cassete), o manípulo da esquerda trata da mudança de velocidades dianteiras (pratos).

De sublinhar que estes dois manípulos situam-se, na maior parte dos casos, no guiador.

• Desviadores: dianteiro e traseiro;

• Cabos de aço e protetores de escora;

• Pratos;

• Cassete;

• Corrente.

Mudanças da bicicleta: como funcionam?

Depois de passarmos os olhos pelos componentes do sistema de mudanças de uma bicicleta BTT, é altura de saber como funcionam as mudanças de velocidade.

Como referimos, no guiador encontramos os dois manípulos responsáveis pelas operações de mudança de velocidade que, por sua vez, possuem uma ou duas alavancas.

No momento em que movemos uma destas alavancas, estamos a puxar ou soltar um cabo metálico que, ora puxa, ora solta, o desviador traseiro/dianteiro para subir ou baixar os pratos ou o pinhão.

No caso de a bicicleta estar equipada com mudanças eletrónicas, algo cada vez mais comum, no momento em que premidos os botões dos manípulos, será enviado um sinal elétrico que vai ativar o desviador traseiro ou dianteiro.

Como descobrir quantas velocidades tem a sua bicicleta?

Para descobrir quantas mudanças tem a sua bicicleta, é importante ter isto em mente: cada uma das velocidades resulta da combinação entre o número de dentes do prato e o número de dentes do pinhão.

Hoje em dia, por norma, as bicicletas de montanha vêm com um ou dois pratos e um pinhão com entre 10 e 12 velocidades, o que, multiplicando o número de pratos pelo número de velocidades do pinhão, nos dá entre 11 e 24 mudanças dependendo da combinação presente na bicicleta.

Por exemplo, se o seu prato tiver entre 34 e 50 dentes e a cassete tiver entre 11 e 28 dentes, terá, como mudança mais alta, os 50x11 e, como mudança mais baixa, os 34x28.

Como colocar mudanças na bicicleta: um guia passo a passo

Após este insight de informação relevante sobre o sistema de mudanças de uma bicicleta de montanha, é altura de colocarmos a seguinte questão: como colocar mudanças na bicicleta?

Para responder a esta pergunta, elaboramos um pequeno guia prático passo a passo muito fácil de seguir, senão veja:

1º Passo: para iniciar a sua marcha, engrene uma velocidade baixa movendo a alavanca do manípulo da esquerda para um prato de menor dimensão e a alavanca do manípulo da direita para uma roda dentada maior;

2º Passo: aumente, gradualmente, a velocidade da marcha movendo a alavanca do manípulo da direita para uma roda dentada mais pequena;

3º Passo: não troque de mudança repentinamente, uma vez que isso vai fazer com que tenha de despender mais esforço de forma imediata, algo que não é bom para as suas articulações;

4º Passo: se o terreno se tornar mais inclinado ou pretender uma pedalada mais leve, deve mover a alavanca do manípulo da esquerda para um prato mais pequeno e a alavanca do manípulo da direita (o do pinhão) para uma roda dentada maior.

Neste caso, as pedaladas terão uma amplitude mais pequena não o levando, por isso, a percorrer uma grande distância entre pedaladas.

Já se pretende uma pedalada mais forte que lhe permita adquirir uma maior velocidade, faça o processo inverso, isto é, mova a alavanca do manípulo da esquerda para um prato maior e a alavanca do manípulo da direita para uma roda dentada mais pequena.

5º Passo: evite ter a mudança mais alta engrenada no prato e, simultaneamente, a mudança menor (roda dentada de maior dimensão) engrenada no pinhão, já que isso poderá resultar num maior desgaste da corrente e até na sua quebra, o que o deixará apeado.

Embora a Walking Tours Portugal lhe ofereça excelentes passeios a pé, se sair com a sua bicicleta para uma volta, é importante que tenha em atenção esta última dica.